O Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas foi fundando em 1965, na cidade de São Paulo.
Uma das mais avançadas editoras do mercado de livros didáticos de nosso país, com capital genuinamente brasileiro.
Seus idealizadores, Jorge Antônio Miguel Yunes, pai do atual presidente do grupo – Jorge Yunes – e Paulo Cornado Marte, tinham como meta renovar os livros didáticos distribuídos em escolas de todo o país, produzindo obras que pudessem atender aos anseios de professores e alunos. Acreditavam no potencial dos livros didáticos que, nos anos 60, vivia em crescente expansão. O conhecimento administrativo de Jorge Yunes associado ao conhecimento editorial de Paulo Marte foram propulsores para a reformulação dos materiais didáticos, que precisavam ser revistos e atualizados — muitos se mantinham nas escolas por décadas e décadas sem nenhuma reformulação em seu conteúdo. INOVAR era a palavra de ordem da editora. Assim, professores contratados exclusivamente pelo IBEP passaram a agregar elementos ao texto, como ilustrações e quadrinhos. No mais, a editora promoveu o acesso do livro didático a todas as camadas sociais, criando, inclusive, edições específicas para diferentes regiões do país. Em 1969 uma das primeiras inovações do IBEP foi a impressão de livros didáticos em duas ou quatro cores.
No início da década de 70 os desenhos de Rodolfo Zalla e Eugêncio Colonnese ilustraram os livros História do Brasil e História Geral, do professor Julierme de Abreu Castro para 5ª e 6ª séries, em quadrinhos. Sucesso absoluto como primeiro exemplar escolar produzido nesse formato por uma editora brasileira. A partir de então as ilustrações nos livros didáticos não eram mais simples acompanhamentos das disciplinas, mas com a entrada da editora no mercado, introduziram uma nova linguagem ao conteúdo educacional, oferecendo aspectos lúdicos às obras. Desde sua fundação até os dias de hoje, o IBEP participou de todos os programas educacionais do governo para fornecimento de livros didáticos. Pioneiros na concepção do livro didático como uma ferramenta de aprendizado, um objeto desenvolvido para a consulta e o manuseio diários. Assim nasceram mudanças que, aprovadas pelo mercado e adotadas por outras editoras, transformariam o livro didático brasileiro para sempre. Os formatos universitário e horizontal e o acabamento espiralado, que minimizava o desgaste pelo uso constante, são alguns exemplos dessa vocação pioneira.
Ao longo das décadas de 1970 e 1980, os livros do IBEP estabeleceram novos parâmetros gráficos para o segmento dos didáticos e colocaram a editora entre as maiores desse mercado no Brasil. Em agosto de 1994 a editora venceu a concorrência da Fundação de Assistência do Estudante (FAE) para distribuição de 11,5 milhões de livros didáticos a seis milhões de crianças. Dois livros escritos pela professora Deborah Pádua Mello Neves — autora do IBEP desde 1970 com mais de 100 títulos escritos — superaram a venda de best-sellers de literatura brasileira, tornando-a a escritora que mais vendeu livros no Brasil. Em 2001, passou ao controle exclusivo da família Yunes. Em 2005 o IBEP havia se consolidado como uma das cinco maiores editoras de livros didáticos do país.
O propósito do IBEP é ser uma corporação que busca resultados sem nunca abrir mão do foco no fomento à leitura e à educação.